O Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) recebe, até 21 de outubro, inscrições para uma vaga de professor doutor. O docente trabalhará na área de “História natural, sistemática e coevolução de modelo biológico artrópode ou nematoide com relevância para políticas públicas”. A contratação será em Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa, com salário de R$ 15.498,97, além de benefícios. Recém-contratados recebem financiamento e apoio da universidade e do departamento para iniciar suas atividades de pesquisa.
O concurso será composto de duas fases. Na primeira, os candidatos serão avaliados por prova escrita. Na segunda fase, haverá julgamento do memorial com provas pública de arguição e didática. A convocação dos inscritos para a realização das provas será publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo. O resultado do concurso será proclamado pela comissão julgadora imediatamente após seu término, em sessão pública.
Os pedidos de inscrição devem ser feitos pelo site USP Digital, sendo necessário preencher os dados pessoais solicitados e anexar os seguintes documentos:
– Memorial circunstanciado com comprovação dos trabalhos publicados e das atividades realizadas pertinentes ao concurso,
– Prova de que é portador do título de doutor,
– Prova de quitação com o serviço militar para candidatos do sexo masculino,
– Documento de identidade oficial
– Certidão de quitação eleitoral ou certidão circunstanciada emitidas pela Justiça Eleitoral há menos de 30 dias do início do período de inscrições.
Mais informações como Edital e outros anexos clique aqui.
Boa sorte!
O Laboratório de Biologia Molecular do Desenvolvimento, (ICB/ UFRJ), coordenado Profa. Helena Araújo (Araujo Lab), está com uma oportunidade de Bolsa Pós-Doc FAPERJ para começo imediato. A bolsa, que tem a vigência de um ano, é para desenvolver pesquisas no âmbito do projeto: “Vias de sinalização no desenvolvimento de insetos”. A bolsa é destinada a um (a) recém doutor (a) com experiência em biologia molecular e em manejo de insetos.
Interessados em concorrer à bolsa devem contactar a Profa Helena Araujo pelo email: haraujo@histo.ufrj.br, enviando currículo.
Saiba mais sobre os projetos desenvolvidos no âmbito do Laboratório de Biologia Molecular do Desenvolvimento (ICB/ UFRJ): https://araujolabufrj.com
Fruto do trabalho colaborativo entre pesquisadores brasileiros e uruguaios, a patente de uma vacina contra carrapato bovino é concedida no Uruguai. A patente refere-se ao invento de identificação e caracterização de dois antígenos do carrapato bovino, Rhipicephalus microplus. O uso dos antígenos isolados, denominados Bm05 e Bm86uy, em bovinos é capaz de induzir uma resposta imunológica, de forma que os antígenos possam ser utilizados como vacina para previnir a infestação de carrapatos no gado. Em julho de 2021, a patente deste invento havia sido concedida no Brasil. A concessão da patente neste dois países abre caminho para o licenciamento da vacina para empresas interessadas em sua comercialização.
Quatro instituições de pesquisa compartilham a titulariedade da patente da vacina contra o carrapato, sendo elas: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS) e Universidade Federal de Ciências da Saude de Porto Alegre (UFCSPA), do sul do Brasil e Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria e Universidad de La Republica, do Uruguai. Entre os inventores da patente está o pesquisador da UFRGS, Itabajara da Silva Vaz Junior (UFRGS), vice-coordenador do INCT em Entomologia Molecular (INCT-EM) e a professora Adriana Seixas da UFCSPA, que é pesquisadora associada da mesma rede de pesquisa que Itabajara Vaz.
As proteínas Bm05 e Bm86uy são produzidas por meio de técnicas de DNA recombinante. O uso dessas proteínas como imunógenos em bovinos gera uma resposta protetora contra carrapatos, prevenindo a infestação. As proteínas podem ser utilizadas como vacinas isoladamente ou em conjunto com outros antígenos.
A viabilidade do uso da vacina contra carrapato foi reforçada com a constatação de que anticorpos funcionais, presentes no sangue de bovinos imunizados, também são encontrados na hemolinfa dos carrapatos alimentados nesses bovinos. Entretanto, a pesquisa de antígenos com potencial protetor constitui um grande desafio para o desenvolvimento de uma vacina, sendo o objeto de estudo de vários grupos de pesquisa.
Por que é importante se ter um vacina contra carrapato bovino?
O controle de infestações por carrapatos é baseado no uso de acaricidas químicos. Contudo o surgimento de populações resistentes aos princípios ativos dos acaricidas é frequente. Os métodos de controle químico são criticados pelo seu custo e por apresentarem a inconveniência de gerarem resíduos químicos no leite e carne destinados ao consumo humano, tornando crescente o estudo de métodos alternativos.
Infestações por carrapato causam perda de peso do animal, diminuem a produção de leite e prejudicam o couro. O controle desse parasita é realizado praticamente pelo uso de acaricidas, e os atuais compostos estão cada vez menos eficientes. Agregado a isto, estes parasitas são vetores dos agentes causadores de doenças como a babesiose e anaplasmose podendo levar o animal à morte. 0 controle imunológico, desta forma, surgiu como uma tecnologia adicional no controle desse parasita.
O Brasil é um dos maiores produtores de carne bovina no mundo, com um grande rebanho bovino. O carrapato Rhipicephalus microplus causa danos significativos aos rebanhos, afetando a produção de carne e leite. Estes parasitas são responsáveis por grandes perdas econômicas na bovinocultura mundial e manter as infestações por carrapatos em níveis aceitáveis torna-se uma necessidade emergente. A concessão da patente da vacina, no Brasil, e mais recentemente, no Uruguai, representa um avanço importante na proteção contra carrapatos em bovinos, contribuindo para a saúde e produtividade desses animais.
No entanto, mesmo com todas demonstrações de que a imunização pode ser um método eficiente no controle de carrapato, vacinas contra carrapatos devem ser empregadas dentro de um contexto de controle integrado, isto é, em conjunto com acaricidas, já que os métodos de vacinação disponíveis, atualmente, ainda não conferem imunidade total.
Cronologia das patentes
A patente da vacina contra o carrapato bovino, no Uruguai, foi submetida, em 20 julho de 2016, e concedida oito anos depois, em 08 de abril de 2024. O seu prazo de vigência vai até 20/07/2036. Baixe aqui o certificado da patente no Uruguai.
Já a patente da vacina contra o carrapato, no Brasil, foi depositada no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), em 24 de julho de 2015, e concedida quase seis anos depois, em junho de 2021. O seu prazo de vigência é de 20 anos, a partir da data do seu depósito. Acesse o link para ter acesso ao conteúdo do documento de concessão da patente no Brasil (BR 102015017673-2 B1).
Por Lúcia Beatriz Torres, jornalista do INCT em Entomologia Molecular (INCT-EM)
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) irá organizar na tarde da próxima sexta-feira (6/09) o Webinar - "Oropouche: Vigilancia Entomológica e Controle de Vetores". Nessa atividade que será transmitida ao vivo pelo canal do youtube da OPAS (https://www.youtube.com/c/PAHOTV), será apresentada a situação epidemiológica atual do Oropouche nas Américas. Além disso, serão discutidos os principais aspectos da vigilância entomológica e do controle de Culicoides paraensis e será apresentada a experiência de investigação entomológica durante um surto de Oropouche, entre outros.
O webinário contará com a participação da Dra. Constância Ayres (FIOCRUZ/ PE), pesquisadora associada o INCT de Entomologia Molecular (INCT-EM). Em sua apresentação, Constância Ayres irá fazer uma investigação entomológica sobre a experiência do estado de Pernambuco no cenário de transmissão de Oropouche no Brasil.
Programa:
Dr. Haroldo Bezerra, OPAS/Washington, DC
- Apresentação dos expositores, objetivos e produtos esperados do webinario
Dra. Andrea Vicari, OPAS/Washington, DC
- Oropouche na região das Américas: situação atual
Dra. Maria Clara Alves Santarém, FIOCRUZ/ RJ, Brasil
- Culicoides paraensis: desafios na identificação, vigilância e controle
Dra. Roxanne Connelly/CDC/ Fort Collins, Estados Unidos
- Outros potenciales vetores transmissores de Oropouche: riscos e evidências disponíveis
Dra. Constancia Ayres, FIOCRUZ/PE, Brasil
- Investigação entomológica em cenário de transmissão de Oropouche: a experiência do estado de Pernambuco, Brasil
***Debate***
Dr. Haroldo Bezerra, OPAS/Washington, DC
- Apresentação do documento da OPAS: Orientações provirórias para a vigilância entomológica e medidas de prevenção para os vetores do vírus Oropouche
Dr. Luis Gerardo Castellanos, OPAS/Washington, DC
- Comentários finais
Webinar - "Oropouche: Vigilancia Entomológica e Controle de Vetores" (Ao Vivo)
Dia: 06 de Setembro, 2024.
Hora: 15:00 - 17:45 pm (Hora de Brasília)
Esse evento será interpretado simultaneamente em espanhol e inglês.
Transmissão pelo youtube: www.youtube.com/c/PAHOTV
Link de registro para participar do Zoom: https://paho-org.zoom.us/webinar/register/WN_YiLbxz-CQNaapaZVwil8jg#/registration
Veja a divulgação do evento no site da OPAS: https://www.paho.org/pt/eventos/webinar-oropouche-vigilancia-entomologica-e-controle-vetores
A Conferência de Doenças Tropicais Infecciosas de 2025 (Conferência GRC 2025), organizada pelo Gordon Research Conferences (GRC), promete ser um marco na pesquisa científica global. De 2 a 7 de fevereiro de 2025, pesquisadores de todo o mundo se reunirão na pitoresca Lucca, Itália, para compartilhar avanços e discutir estratégias inovadoras no combate a doenças que afetam milhões de pessoas no globo terrestre.
Antecedendo a conferência principal, o “Seminário de Doenças Tropicais Infecciosas” do GRC ocorrerá de 1 a 2 de fevereiro de 2025, sendo uma oportunidade adicional para jovens cientistas.
Com um foco especial em doenças tropicais, esta conferência é de particular interesse para a comunidade entomológica, dada a importância dos vetores de insetos na transmissão de muitas dessas enfermidades. Será uma oportunidade única para entomologistas interagirem com especialistas de diversas áreas e explorarem colaborações interdisciplinares.
Destaques da Conferência:
As inscrições estão abertas até 5 de janeiro de 2025, mas lembre-se de que as vagas podem se esgotar antes do prazo final.
Para mais informações sobre o processo de inscrição e detalhes do programa, que estará disponível a partir de 5 de outubro de 2024, visite o site oficial da conferência
https://www.grc.org/tropical-infectious-diseases-conference/2025/