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 O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) concedeu, recentemente, a primeira patente verde da Universidade Federal Fluminense (UFF).  A patente descreve e protege o uso, por 20 anos, de um processo inovador para a obtenção de um composto bioinseticida, produzido a partir da conversão termoquímica do fruto do licuri. A invenção se deu no Laboratório de Estudos em Pragas e Parasitos (LEPP) da UFF,  resultado dos estudos coordenados pela Profª. Evelize Folly das Chagas, pesquisadora associada ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Entomologia Molecular (INCT-EM). Leia o documento oficial de concessão da patente verde.

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) concedeu, recentemente, a primeira patente verde da Universidade Federal Fluminense (UFF).  A patente descreve e protege o uso, por 20 anos, de um processo inovador para a obtenção de um composto bioinseticida, produzido a partir da conversão termoquímica do fruto do licuri. A invenção se deu no Laboratório de Estudos em Pragas e Parasitos (LEPP) da UFF,  resultado dos estudos coordenados pela Profª. Evelize Folly das Chagas, pesquisadora associada ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Entomologia Molecular (INCT-EM). Leia o documento oficial de concessão da patente verde.

As patentes verdes enquadram inventos que têm o potencial de impactar positivamente na reversão das mudanças climáticas. Esta modalidade de patente possibilita a identificação de novas tecnologias, dentro do desenvolvimento limpo e sustentável, que possam ser rapidamente utilizadas pela sociedade, incentivando a inovação no País. Em média, o processo de obtenção de uma patente comum pode chegar a se estender por mais de dez anos. Todavia, com as patentes verdes, o tempo de obtenção das patentes pode ser acelerado em até 90%. A patente da UFF foi depositada* em abril de 2019 e levou pouco menos de dois anos para ser expedida.

Residuos do processamento do fruto do Licuri podem se transformar em  bioinseticidasResiduos do processamento do fruto do Licuri podem se transformar em bioinseticidas

"Espero que esse trabalho pioneiro na UFF seja inspiração para que vários outros grupos pensem em reaproveitamento de recursos, antes colocados como simples resíduos, transformando esses em matéria prima de produtos inovadores para o nosso Pais. Nesta patente usamos os resíduos (rejeitos) do processamento do fruto do licuri, transformando-os em um produto viável economicamente para aplicação no controle de pragas, dentro de uma perfeita economia circular” - explicou a Profª Evelize Folly.

A tecnologia verde  patenteada, além de ser um método eficiente para a produção limpa de um bioinseticida, colabora também para o gerenciamento sustentável de resíduos do processamento do fruto do licuri. Uma invenção que contribui para melhorar toda a cadeia de produção do cultivo do fruto. 

O licuri (Syagrus coronata), também conhecido como ouricuri, é o nome do fruto de uma palmeira endêmica da Caatinga brasileira.  Um coquinho de grande valor proteico usado na cozinha do sertão, que tem despertado grande interesse da indústria de cosméticos. 

 

Pirólise para reciclagem de resíduos

 

A primeira patente verde da UFF descreve a obtenção de um bioproduto, a partir da conversão termoquímica, por processo de pirólise. O processo de pirólise pode ser usado para reciclagem de resíduos de várias origens. 

“No nosso laboratório sempre buscamos avaliar novas drogas, menos poluentes, de acordo com as normas de desenvolvimento limpo e sustentável, para controle de pragas, parasitos e patogenias de importância econômica na agropecuária. Dentro destes objetivos procuramos construir uma equipe multidisciplinar, onde nos últimos anos pesquisamos produtos de origem em rejeitos/resíduos (biomassas) de processos agropecuários e industriais” - explicou a pesquisadora que, desde 2014, colabora com o grupo do professor Gilberto Romeiro do Instituto de Química da UFF, que possui larga experiência em conversões termoquímicas, por pirólise. 

Segundo Evelize Folly o processo de pirólise é usado por longa data e seu funcionamento é basicamente simples: coloca-se biomassas (de origens distintas), em ausência de oxigênio, com variações de temperatura de 300 a 100 graus Celcius, e o resultado dessa conversão são 4 produtos: carvão, gás, bio-óleo e água. A pesquisadora explica que o bio-óleo e o gás já eram muito usados em pesquisas na produção de energia. O carvão, na adubação. E a fração considerada aquosa era jogada fora, pois não viam utilização. 

 “Quando iniciamos nossa parceria com o Profº Gilberto Romeiro passamos a trabalhar com essas águas de pirólise, tentando identificar novas utilizações e efeitos. E após testes, com biomassas distintas e alterações no processo, chegamos a excelentes atividades contra pragas de importância econômica na agropecuária” - contou a pesquisadora, que com a colaboração, já identificou vários produtos para controle de carrapato bovino, insetos pragas de grãos armazenados e praga avícola. Em breve, o  grupo da Profª Evelize Folly dará inicio à submissão da próxima patente verde, um bioacaricida. E esta nova tecnologia tente a ser revelada à sociedade de foma mais ágil por seu uma tecnologia verde.  

 

 

 

PROCESSO PARA OBTENÇÃO DE UMA COMPOSIÇÃO BIOINSETICIDA

O que a patente protege?

1- Novo processo de conversão termoquímica (pirólise), onde foi adaptado o processo da coleta fracionada, e com isso potencializado o seu efeito. 

2- Efeito dessas frações como bioinseticida contra uma praga avícula, o "Alphitobius diaperinus"  e duas pragas de grãos armazenados, o "Rhyzopertha dominica" e o "Tribolium castaneum”.

 Acesse aqui o documento oficial na integra.

* A patente foi depositada no dia 11/04/2019 e concedida pelo INPI no dia 30/03/2021.

 

 

Por Lúcia Beatriz Torres (jornalista de Ciência do INCT-EM)

 

 

 

Jornal da USP. Fotomontagem: Cleber Siquette/Wikimedia CommonsJornal da USP. Fotomontagem: Cleber Siquette/Wikimedia Commons

 

 

Reportagem do Jornal da USP dá destaque a artigo de revisão publicado por pesquisadoras associadas ao INCT-EM na revista cientīfica Frontiers in Immunology.  O estudo, que realiza uma revisão sobre o sistema imune de carrapatos, foi capitaneado pelas pesquisadoras brasileiras Dra. Andrea Cristina Fogaça e Dra. Sirlei Daffre do Departamento de Parasitologia da Universidade de São Paulo (ICB - USP) e desenvolvido  em parceria com pesquisadores dos Estados Unidos e República Tcheca.

Conheça como o estudo pode apontar caminhos para criar vacinas contra doenças causadas por carrapatos na reportagem de Júlio Bernardes publicada nesta segunda-feira ( 05|04|2021) no  Jornal da USP.

 

 

Entender a interferência de microrganismos no sistema imune de carrapatos pode levar à produção de vacinas para proteger rebanhos

 

Apesar dos prejuízos econômicos causados à pecuária bovina pela infestação de carrapatos, pouco se sabe sobre as interações entre o sistema imune desses parasitas e os microrganismos que eles transmitem. Um estudo de revisão feito no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP relata que microrganismos causadores de doenças podem modular as respostas do sistema imune dos carrapatos e, por exemplo, aumentar a sua própria capacidade de infecção. De acordo com o trabalho, entender como se dá essa interferência pode levar, no futuro, à produção de vacinas para serem aplicadas nos rebanhos que reduzam os riscos de transmissão. O estudo é descrito em artigo publicado no site da revista científica Frontiers of Immunology.

“A revisão apresenta o que se sabe atualmente sobre os componentes do sistema imune de carrapatos em comparação com outros artrópodes, incluindo a mosca-das-frutas (Drosophila melanogaster) e os mosquitos Aedes e Anopheles”, relata ao Jornal da USP a professora Andréa Fogaça, do ICB, que participou da pesquisa. “Apesar do advento das plataformas de sequenciamento de última geração ter propiciado um grande avanço nos estudos sobre o sistema imune nos últimos anos, ainda hoje existe menos conhecimento em carrapatos que em outros artrópodes.”

Os carrapatos são parasitas de uma grande diversidade de animais vertebrados e se alimentam obrigatoriamente do sangue desses animais, que atuam como seus hospedeiros. “Além de ingerir sangue, os carrapatos injetam saliva nos seus hospedeiros, que contém substâncias que controlam a hemostasia [resposta do organismo para prevenir e interromper sangramentos e hemorragias] e modulam as reações do sistema imune do hospedeiro”, descreve a professora. “Isso é importante para assegurar que os carrapatos completem a ingestão do volume de sangue necessário para o seu desenvolvimento.”

A saliva também pode conter patógenos, que a utilizam como um veículo para a transmissão para o hospedeiro vertebrado. “Além do impacto sobre a saúde do hospedeiro, a morbidade e a mortalidade das doenças transmitidas por carrapatos também causam prejuízos econômicos importantes”, ressalta Andréa. “Um exemplo importante é o caso das infestações de bovinos pelo carrapato Rhipicephalus microplus. Apenas no Brasil, os prejuízos estimados pela diminuição da produção da carne e de leite em decorrência das infestações giram em torno de 3,24 bilhões de dólares.”

Segundo a professora, o sistema imune dos artrópodes é mais simples que o dos vertebrados, não contando com a produção de anticorpos específicos. “Sabemos que no intestino de carrapatos são produzidos diversos peptídeos antimicrobianos, os quais atuam permeabilizando a membrana ou inibindo a ação de enzimas importantes para a respiração ou para outros processos vitais para os patógenos”, descreve. “Curiosamente, já foi descrito que várias espécies de carrapatos produzem peptídeos antimicrobianos a partir da degradação da hemoglobina do sangue do próprio hospedeiro, o primeiro deles identificado pela professora Andréa no laboratório da professora Sirlei Daffre, do ICB, uma das autoras da revisão.”

Proliferação

No intestino dos carrapatos, os patógenos também encontram componentes da microbiota residente, as quais podem auxiliar ou prejudicar o seu estabelecimento no vetor. “Caso o patógeno consiga colonizar o intestino, precisa migrar até as glândulas salivares do carrapato para ser transmitido para um hospedeiro saudável em uma próxima refeição sanguínea”, relata Andréa. “A produção de peptídeos antimicrobianos e de outras moléculas que atuam contra infecções é regulada por vias de sinalização imune. Estudos feitos pelo grupo da professora Sirlei sugerem que em carrapatos essas vias são ainda mais interconectadas que em outros artrópodes".

Intrigantemente, os patógenos podem modular várias respostas do sistema imune dos seus vetores em benefício próprio, ressalta a professora. “Por exemplo, nosso grupo de pesquisa mostrou que a bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre maculosa brasileira, uma doença altamente letal, é capaz de inibir a morte celular regulada de células de carrapato, assegurando a sua proliferação”, afirma. “Um outro exemplo interessante é a diminuição do nível de componentes do sistema imune pela infecção de células do carrapato R. microplus pela bactéria Anaplasma marginale.”

Algumas respostas do sistema imune já descritas em outros artrópodes não foram encontradas nos carrapatos, ou os achados são controversos, observa Andréa. “Estudos adicionais também são necessários para compreender como as vias de sinalização imune são ativadas em carrapatos”, observa. “Além disso, ainda não sabemos se a microbiota, de fato, regula o sistema imune dos carrapatos, nem os mecanismos utilizados. Ou seja, ainda há muitos aspectos da imunidade de carrapatos que precisam ser aprofundados.”

De acordo com a professora, como os fatores do sistema imune dos carrapatos são importantes para assegurar a sua sobrevivência, uma possibilidade é utilizá-los como vacinas. “Assim, os carrapatos, ao ingerirem o sangue de vertebrados previamente imunizados com esses fatores e, portanto, contendo anticorpos contra os mesmos, podem se tornar mais suscetíveis a infecções”, aponta. “Mas para isso ser possível, muitos estudos ainda são necessários, atestando a importância da ciência básica.” A revisão é apresentada no artigo Tick Immune System: What Is Known, the Interconnections, the Gaps, and the Challenges, publicado em 2 de março no site da revista Frontiers of Immunology.

As pesquisas sobre carrapatos realizadas pelo grupo da professora Andrea tiveram a colaboração fundamental dos professores Sirlei Daffre, do ICB, e Marcelo Labruna, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP. Andrea e Sirlei também integram o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Entomologia Molecular, coordenado pelo professor Pedro de Oliveira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), cujo site pode ser acessado neste link. Os estudos contam com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP, que financiaram a construção de um laboratório com nível de biossegurança 3 (NB-3), usado nos estudos sobre as interações entre carrapatos e R. rickettsii, construído em parceria com o professor Carsten Wrenger, do ICB. Para assistir ao vídeo sobre a pesquisa, clique aqui.

 

Mais informações: e-mail deafog@usp.br, com a professora Andréa Cristina Fogaça

 

Fonte:

Estudo aponta caminhos para criar vacinas contra doenças causadas por carrapatos

 https://jornal.usp.br/ciencias/estudo-aponta-caminhos-para-criar-vacinas-contra-doencas-causadas-por-carrapatos/

Jornal da USP. 05|04|2021. Texto: Julio Bernardes e Diagramação: Cleber Siquette

 

Review Article:

Andréa C. Fogaça, Géssica Sousa, Daniel B. Pavanelo, Eliane Esteves, Larissa A. Martins, Veronika Urbanová, Petr Kopáček and Sirlei Daffre. “Tick Immune System: What Is Known, the Interconnections, the Gaps, and the Challenges”. Front. Immunol., 02 March 2021 | https://doi.org/10.3389/fimmu.2021.628054

 

Nota das Pesquisadoras: 

As pesquisas sobre carrapatos realizadas pelo grupo das professoras Sirlei Daffre e Andrea Fogaça da USP contam com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP; Projeto Temático "Caracterização molecular das interações entre carrapatos, riquétsias e hospedeiros vertebrados", Processo 2013/26450-2), da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Entomologia Molecular (INCT-EM), coordenado pelo professor Pedro de Oliveira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Pesquisadores associados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia  em Entomologia Molecular (INCT-EM)  publicaram, recentemente,  uma importante revisão sobre o sistema imune dos carrapato, na revista Frontiers in Immunology. O estudo, desenvolvido em parceria com pesquisadores dos Estados Unidos e República Tcheca, realiza uma revisão sobre o sistema imune de carrapatos, na qual é apresentado o que se sabe, comparando com outros modelos de artrópodes.

O artigo intitulado “Tick Immune System: What Is Known, the Interconnections, the Gaps, and the Challenges”, publicado no dia 02 de março de 2021, aponta também as lacunas e os desafios de se trabalhar com esse tema e modelo. O estudo foi capitaneado pelas pesquisadoras brasileiras Dra. Andrea Cristina Fogaça e Dra. Sirlei Daffre do Departamento de Parasitologia da Universidade de São Paulo (USP).

 

 

Review Article

Andréa C. Fogaça, Géssica Sousa, Daniel B. Pavanelo, Eliane Esteves, Larissa A. Martins, Veronika Urbanová, Petr Kopáček and Sirlei Daffre. “Tick Immune System: What Is Known, the Interconnections, the Gaps, and the Challenges”. Front. Immunol., 02 March 2021 | https://doi.org/10.3389/fimmu.2021.628054

 

 

 

 

 

 

Uma vaga de pós-doutorado na área de arboviroses está aberta na Universidade da Flórida, nos EUA. A vaga é para pesquisar a transmissão de denças infecciosas pelo mosquito Aedes aegypti, a partir de  um ensaio clínico randomizado de intervenção com uso de Wolbachia no Brasil. A vaga será pelo período de um ano, com a possibilidade de extensão. O pós-doutorado será realizado no grupo de Dinâmicas de Doenças Infecciosas da Universidade da Flórida e prevê viagens para Belo Horizonte.

O  pós-doutorando(a) irá assistir na concepção, condução e análise dos dados de pesquisa sobre os fatores de risco espaciais de infeção por arboviroses e o impacto de uma intervenção randomizada (introgressão de Wolbachia em Aedes aegypti). Este ensaio clínico randomizado, que já está sendo realizado em Belo Horizonte, é uma colaboração entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e as universidades de Emory, Flórida e Yale, nos Estados Unidos. O projeto conta com o financiamento do Departamento de Microbiologia e Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, NIH (EUA). 

O pós-doutorado será realizado na Universidade da Flórida com a supervisão do Dr. Derek Cummings, professor na Faculdade de Biologia e o Instituto de Patógenos Emergentes na Universidade da Flórida, e Dr. Albert Ko, chefe do Departamento de Epidemiologia de Doenças Microbianas na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Yale. O pós-doutorando(a) colaborará com parceiros no Brasil, incluindo o Dr. Mauro Teixeira na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

O candidato selecionado irá liderar o desenvolvimento, condução e análises de um estudo de uso do tempo para medir a exposição dos indivíduos participantes às intervenções randomizadas e espacialmente direcionadas; e irá examinar a eficácia da ingressão de Wolbachia nas variáveis de desfecho do estudo, como infecção por arboviroses medida através de vigilância ativa e presença na escola. O candidato também participará em todos os aspetos do desenvolvimento e execução da pesquisa, trabalhará em estreita colaboração com os profissionais de campo para implementar o protocolo, analisará os dados empíricos e construirá modelos do impacto do movimento na infeção com arboviroses.

 

Principais qualificações e capacidades desejadas:

 

·        Doutorado em uma dos seguintes áreas: epidemiologia, matemática, estatística, imunologia, física, ciência da computação, biologia da população, ou outra disciplina similar com foco quantitativo.

·        Experiência na concepção de estudos de pesquisa.

·        Interesse na área de epidemiologia de doenças infecciosas.

·        Capacidade de compilar e analisar dados e interpretar e apresentar resultados de qualidade usando diversas técnicas de pesquisa e análises.

·        Experiência em apresentar resultados de pesquisa para audiências não-especializadas.

·        Capacidade para trabalhar de forma independente, mas também como parte de uma grande equipe interdisciplinar.

·        Fluência em inglês é essencial e será avaliada durante as entrevistas.

 

Os candidatos interessados devem mandar o currículo, uma carta de introdução e contatos de 3 referências para Ryan Borg: ryan.borg@yale.edu

 

 

As inscrições estão abertas para o Programa de Formação em Biologia e Ecologia Quantitativas. O prazo para submissão de  candidaturas vai do dia 09 de março a 03 de maio, sendo que os primeiros 500 inscritos terão preferência no processo seletivo. O treinamento online irá ocorrer de 05 a 30 de julho. O programa é voltado a pessoas com graduação completa em qualquer área, mas é necessário ter conhecimento prévio de cálculo diferencial e integral e domínio do inglês. 

O Programa de Formação em Biologia e Ecologia Quantitativas tem como objetivo preparar futuros pesquisadores de ciências da vida com foco no uso da matemática, física e ciência da computação. O treinamento será realizado através de uma parceria firmada entre o Instituto Serrapilheira e o International Centre for Theoretical Physics – South American Institute for Fundamental Research (ICTP-SAIFR).

 

 

Ao todo serão selecionados 50 participantes que aprenderão sobre métodos quantitativos para resolver questões da vanguarda da biologia e ecologia. O objetivo é aproveitar o potencial do Brasil - o país que abriga a maior biodiversidade do planeta - para criar, em longo prazo, uma geração de jovens cientistas altamente qualificados para lidar com seus desafios.

Um grupo inédito de professores que são referências globais em suas áreas de pesquisa e com os quais os alunos poderão interagir diretamente estarão reunidos no Programa. A lista inclui nomes como o neurocientista da Universidade de Tel Aviv (Israel) Oded Rechavi, um dos maiores especialistas em epigenética, e a matemática Corina Tarnita (Universidade de Princeton/ EUA), que desenvolve modelagens matemáticas para entender sistemas biológicos. Acesse aqui a lista completa de professores e tópicos ensinados.

 

Para mais informações sobre o programa, o edital e o link para a inscrição acesse: https://www.ictp-saifr.org/qbioprogram/

Se tiver dúvidas envie um email para: qbioprogram@ictp-saifr.org

 

Seja tutor do Programa e receba até R$4 mil 

Esta é a primeira iniciativa do Serrapilheira voltada a pesquisadores em estágio de carreira pré-doutorado. Além de assistirem às aulas, os alunos trabalharão em grupos em um projeto de pesquisa supervisionado por um tutor em pós-doutorado Se você já concluiu o doutorado pode se candidatar para ser tutor do Programa. Os tutores receberão uma remuneração de R$4.000 (pagamento único) e terão livre acesso a todas as aulas expositivas e sessões de discussão durante o workshop. Ao todo o Programa irá selecionar 10 tutores que acompanharão, durante um mês, os projetos desenvolvidos. .

Os candidatos a tutores devem ter concluído o doutorado em uma área relacionada à biologia/ecologia quantitativa e ter familiaridade com as principais ferramentas quantitativas (estatística, cálculo diferencial e integral). Também é exigido o domínio da língua inglesa. As inscrições para tutores do Programa de Formação em Biologia e Ecologia começaram dia 09 de março e terminam no dia 1º de abril. 

Para mais informações sobre a tutoria e inscrições para tutor, acesse: https://www.ictp-saifr.org/qbioprogram/

 

Por que biologia e ecologia transdisciplinares? 

A pesquisa moderna em ciências da vida gera uma quantidade enorme de dados complexos. Hoje é fundamental quebrar fronteiras artificiais limitantes, de modo que um jovem biólogo saiba que ele pode usar uma equação como um matemático ou pensar como um físico para entender sistemas biológicos complexos como um ecossistema tropical.

Ao mesmo tempo, com a explosão de dados em biologia e ecologia, muitos físicos estão migrando para estas áreas para aplicar as ferramentas que aprenderam estudando sistemas complexos.

Para saber mais e se inspirar para participar do processo seletivo para o treinamento, assista às gravações completas dos dois webinars de lançamento do Programa, com o ecólogo Simon Levin e com a imunologista Akiko Iwasaki, referências internacionais em suas áreas. Eles são membros do Comitê Consultivo do Programa de Formação em Biologia e Ecologia Quantitativas e participaram de sua concepção.

 

Ecologia matemática: 100 anos de progresso e desafios para o próximo século

Webinário Simon Levin (ecólogo)

Link youtube: https://youtu.be/STQpQx2Q_hg

 

Ciência básica e os problemas do mundo real: a Covid-19 

Webinário Akiko Iwasaki ( imunologista)

Link youtube: https://youtu.be/QMCxo1cXaaE 

 

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