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mocao sbpc 2 sitemocao sbpc 2 siteA Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) encaminhou na sexta-feira, dia 02 de agosto, a moção pela recomposição do orçamento do CNPq. Aprovado por unanimidade pela Assembleia Geral de Sócios da SBPC, reunida em 25 de julho, por ocasião da 71ª Reunião Anual da SBPC, na UFMS, em Campo Grande, o documento endossa integralmente o texto do manifesto dos ex-presidentes do CNPq, apresentado à congregação pelo professor Glaucius Oliva, presidente da agência entre 2011 e 2014.

O manifesto é assinado por sete ex-presidentes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e conclama o Executivo e o Legislativo federais a reverterem o quadro “sombrio” de déficit orçamentário e financeiro em que se encontra a agência.

A moção da SBPC foi encaminhada ao ministro da CTIC, Marcos Pontes, ao presidente do CNPq, João Luiz Filgueiras de Azevedo, ao secretário de Políticas para Formação e Ações Estratégicas do MCTIC, Marcelo Marcos Morales, e aos presidentes das Comissões de C&T da Câmara e do Senado Federal, respectivamente, o senador Vanderlan Cardoso e o deputado Félix Mendonça Júnior, e da Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação, senador Izalci Lucas.

“Para cumprir os compromissos mínimos essenciais para o adequado funcionamento desta importante agência, em particular para honrar o pagamento das bolsas neste ano, é necessário um aporte suplementar de recursos da ordem de R$ 330 milhões para o CNPq”, afirma a SBPC.

O documento na íntegra pode ser acessado neste link.

 (Texto e foto: Jornal da Ciência)

curso mosquitos fio PEcurso mosquitos fio PEO inimigo mora em todo o lugar: é preciso vigiar os mosquitos. Para isso, o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco) está lançando o curso de aperfeiçoamento em bases da vigilância e controle de mosquitos, disponível através do Campus Virtual Fiocruz. As inscrições ficam abertas até 25 de dezembro. 
O aperfeiçoamento é voltado, principalmente, à formação dos agentes municipais de endemias, para que aprofundem seus conhecimentos sobre controle e monitoramento de mosquitos vetores. Mas também podem participar profissionais do serviço de saúde que atuem na gestão de controle de vetores, gestores em saúde e o público em geral.

O curso é composto por três módulos:

I. Características biológicas, ecológicas e comportamentais • Carga horária: 15h
II. Controle de mosquitos • Carga horária: 10h
III. Avanços na pesquisa quanto ao controle vetorial • Carga horária: 5h

Também serão abordados assuntos como o contexto histórico da chegada do Aedes aegypti no Brasil junto aos surtos epidêmicos.

As aulas serão oferecidas totalmente na modalidade de educação à distância (EAD), e os participantes terão acesso a recursos como vídeos, áudios e infográficos.

Este curso foi completamente financiado pelo edital de recursos educacionais abertos, iniciativa da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz).

Venha se aperfeiçoar na Fiocruz. Inscreva-se já!


(Texto: Valentina Leite, do Campus Virtual Fiocruz.  Foto: Raquel Portugal, Fiocruz Imagens)

curso carrapatos rjcurso carrapatos rjO curso internacional  Advances in Tick-host Interaction: From Research to Control aconteceu no Rio de Janeiro e Porto Alegre, entre 20 e 24 de maio na UFRJ e entre  27 a 31 de maio na UFRGS, e contou com a participação de palestrantes nacionais e internacionais como Ben J Mans, do Agricultural Research Council, Onderstepoort Veterinary Institute, África do Sul; Jinlin Zhou, da Chinese Academy of Agricultural Sciences, China; José Marcos Ribeiro, da Vector Biology Section, NIAID/DIR, NIH, Estados Unidos; Aparecida Tanaka, Universidade Federal de São Paulo; e Andréa Fogaça, da Universidade de São Paulo.

O curso contou com 15 pessoas inscritas no Rio de Janeiro e 22 em Porto Alegre - e também com a participação de alunos ouvintes, que assistiram a algumas palestras. Além das palestras, o curso contou com a apresentação de projetos por parte dos pesquisadores inscritos, que puderam discutir seus dados com os palestrantes internacionais: foram seis apresentações no Rio de Janeiro, e outras oito em Porto Alegre.

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No segundo semestre acontecerá o segundo módulo do curso, entre os dias 16 a 20 de setembro, no Rio de Janeiro, e 23 a 27 de setembro, em Porto Alegre, com as presenças de: Ala Tabor, do Centre for Animal Science da Queensland Alliance for Agriculture and Food Innovation, Austrália; Petr Kopáček, Institute of Parasitology, Biology Centre of the Academy of Sciences of Czech Republic, República Tcheca; Sirlei Daffree, Universidade de São Paulo; e Aparecida Tanaka, Universidade Federal de São Paulo. As inscrições estarão abertas a partir de julho.

Advances in Tick-host Interaction: From Research to Control é uma realização do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Entomologia Molecular, com o apoio do programa “Escola de Altos Estudos” da CAPES.

larvicida guttemberg britolarvicida guttemberg britoPesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz acabam de descobrir uma enzima digestiva nas larvas do mosquito Aedes aegypti - transmissor de doenças como dengue, chikungunya e o Zika vírus. E além de descobrir a enzima, descobriram também como inibi-la, impedindo que as larvas façam a digestão dos alimentos, levando-as à morte. A descoberta abre caminho para o desenvolvimento de um novo larvicida - inseticida específico para larvas - e que tem um diferencial promissor: ao agir especificamente nas larvas do Aedes aegypti, a substância reduz o impacto ambiental, não afetando seres humanos e nem outros insetos, como borboletas, abelhas e besouros.

A descoberta foi recentemente publicada em artigo assinado por uma equipe de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz liderada por Fernando Ariel Genta, coordenador do Programa de Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores da Fundação Oswaldo Cruz e membro do comitê gestor do INCT em Entomologia Molecular. “O que determina o tamanho da população de um mosquito é a abundância de criadouros larvais, se quisermos controlar o mosquito Aedes aegypti, temos que controlar as larvas, não os adultos. E para ter estratégias eficientes de controle, precisamos conhecer melhor as larvas” afirma Fernando Genta. “A maioria dos estudos sobre Aedes aegypti está concentrado em entender a biologia dos mosquitos adultos, principalmente nas fêmeas, que sugam o sangue e transmitem as doenças. A biologia das larvas é muito menos estudada, tanto é que só agora estamos descrevendo uma das principais enzimas digestivas do animal, um tipo de conhecimento muito básico que já tinha sido descrito nas fêmeas do mosquito há décadas”, afirma Genta. 

Os pesquisadores já tinham indícios sobre a ação da enzima - chamada beta-glucanase - em estudos anteriores, que mostravam que era uma peça fundamental para a sobrevivência e desenvolvimento das larvas. O grupo trabalhou, então, mapeando o gene responsável pela produção dessa enzima, como? Silenciando a expressão do gene utilizando a técnica do RNA de interferência, que vem sendo utilizada por diferentes grupos de pesquisa que trabalham no desenvolvimento de inseticidas. “Um inseticida baseado no RNA de interferência é extremamente específico, só o Aedes tem aquele DNA, aquelas sequências e genes específicos. Isso garante que o inseticida vai ter ação só sobre o Aedes”, afirma Genta. 

Novo larvicida e seu diferencial

Um dos diferenciais do larvicida que pode ser desenvolvido a partir da descoberta é atuar no sistema digestivo, bloqueando a digestão da larva do Aedes - impedindo que se alimente de leveduras presentes na água onde os ovos eclodem. Já a maioria dos larvicidas que existem no mercado atuam no sistema nervoso das larvas, inibindo a transmissão de impulsos nervosos, mas apresentam um problema: as moléculas desses larvicidas tem atividade neurotóxica contra qualquer inseto. Outros larvicidas, utilizados principalmente na agricultura, são baseados na bactéria Bacilus thuringiensis, e provocam uma infecção intestinal que leva à morte das larvas, mas também apresenta um dificultador no controle do Aedes. “A grande questão do Bacilus é que ele dura muito pouco tempo em água, de uma semana a quinze dias no máximo. E a estabilidade da bactéria na água para o controle de mosquitos precisa ser muito maior, de pelo menos um mês e meio, que é o tempo que o agente de saúde leva para visitar um foco de larvas. Essa é a dinâmica do controle no Brasil”, afirma Genta, que lembra que outros grupos de pesquisa, inclusive da Fiocruz, vem trabalhando para ampliar a estabilidade das preparações.

E só um larvicida contra as larvas do Aedes já não basta? Não. Pesquisas mostram que, com o tempo de uso, as populações de mosquitos desenvolvem resistência aos produtos usados no controle do Aedes aegypti, o que leva os cientistas à busca incessante por novos alvos biológicos e substâncias que atuem nesses alvos, que possam gerar novos larvicidas. “Quando uma população de insetos começa a ter resistência contra um desses tipos de inseticida, o caminho é combinar e atacar diferentes alvos biológicos. Provavelmente o alvo que nossa equipe descobriu vai ser combinado a outros alvos, com os quais outros grupos de pesquisa estão trabalhando, e assim por diante”, afirma Fernando.

O futuro é promissor - mas o desenvolvimento de um novo larvicida utilizando o alvo recém-descoberto e a técnica de silenciamento do gene por RNA de interferência precisa de mais testes e ganhar escala. “Este trabalho foi feito em um contexto de pesquisa básica, de estudo fisiológico sobre a biologia das larvas. Nos ensaios, obtivemos uma taxa de mortalidade de 40% em um período muito curto, de apenas 30 minutos, em uma concentração padrão, o que é promissor e pode melhorar”, afirma Fernando. “Um próximo passo seria produzir o material genético modificado em grande quantidade, e o caminho mais factível é produzir isso usando bactérias geneticamente modificadas, ou as próprias leveduras geneticamente modificadas. Poderíamos fazer isso em microorganismos, cultivá-los em bioreatores, de tal maneira que eles produzam esse RNA dupla fita em grande quantidade”.

Rosa Maria Mattos, assessora de comunicação do INCT de Entomologia Molecular . Foto: Gutemberg Brito / Instituto Oswaldo Cruz

cbav edt2cbav edt2Estão abertas - até dia 10 de agosto - as inscrições para a nona edição do curso de Biologia de Artrópodes Vetores (CBAV), que acontecerá entre os dias 02 e 13 de setembro de 2019, no Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental de Macaé (NUPEM) pertencente a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O curso é voltado para alunos de pós-graduação e profissionais do serviço na área de vetores, de todo o Brasil, vai reunir pesquisadores de renomada experiência na área de artropodes vetores, promovendo a integração entre professores, alunos e profissionais de diferentes regiões do país. 

A programação é composta por aulas teóricas, práticas, atividade de campo, e rodas de discussão sobre temas como sistema imune e microbiota de insetos vetores, comportamento de insetos e interação com patógenos, interação mosquito-vírus, carrapatos e interação com parasitos, controle vetorial, resistência a inseticidas, modelagem de nicho e mudanças climáticas, entre outros. Este ano, o CBAV será integrado ao I Workshop em Mosquitos Transmissores de Arbovírus, que ocorrerá durante três dias (05, 06 e 07/09) dentro do curso: todos os alunos inscritos no CBAV participarão, e também será possível inscrição apenas para o workshop. 

Para conferir a programação completa, informações sobre alojamento e transporte e fazer sua inscrição, acesse o site: https://campusvirtual.fiocruz.br/gestordecursos/hotsite/cbav2019. Confira também o blog do CBAV: http://cbav-inct-em.blogspot.com/ e o perfil no Instagram: https://www.instagram.com/cbav.inct.em/

 

 

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