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A revista internacional Pathogens está com inscrições abertas para o Prêmio Jovem Investigador Pathogens 2023. O prêmio será concedido a dois jovens pesquisadores em reconhecimento à sua excelência no campo de patógenos e interações patógeno-hospedeiro. Todas as indicações serão avaliadas por um Comitê de Avaliação do Prêmio liderado pelo Editor-Chefe, Prof. Dr. Lawrence S. Young.

Pathogens é uma revista revisada por pares, de acesso aberto, especializada em patógenos e interações patógeno-hospedeiro. É publicada mensalmente pelo MDPI, editora pioneira em publicações acadêmicas de acesso aberto desde 1996.

Os vencedores serão contemplados com uma premiação no valor de CHF 1.000 (em torno de R$5.400,00) e a possibilidade de publicar um artigo gratuitamente na revista Pathogens, após revisão por pares até o final do ano de 2023.

Para concorrer ao prêmio os candidatos devem ter concluído o doutorado há menos de 10 anos, antes de 31 de dezembro de 2023, terem produzido pesquisas inovadoras que tenham contribuido significativamente para o avanço de patógenos e interações patógeno-hospedeiro e ser indicado por cientistas seniores.

 

Lista de documentos necessários para canditadura:

 – Curriculum vitae detalhado, incluindo uma lista atualizada de publicações e uma lista de bolsas de pesquisa do próprio pesquisador;

 – Cópia digitalizada do certificado de doutorado;

 – Cartas de indicação assinada por dois cientistas seniores estabelecidos.

 

Prazo de inscrição: 9/08/2022 a 30/04/2023

Anúncio dos vencedores: 30 de junho de 2023

As candidaturas devem ser submetidas online em: https://www.mdpi.com/journal/pathogens/awards/1993.

Para mais informações sobre o prêmio, escreva um email para: pathogens-award@mdpi.com 

 

The Osaka University Immunology Frontier Research Center (IFReC) está recrutando pesquisadores de pós-doutorado para seu Programa de Pós-Doutorado Avançado, em Imunologia, Biologia Celular, Bioinformática e Bioimagem, no Japão. São 3 vagas abertas para essa posição. Este programa oferece emprego e financiamento de três anos (3 milhões de ienes por ano) para pesquisas originais para jovens pesquisadores promissores. Os candidatos selecionados têm acesso a instalações de última geração continuamente atualizadas no IFReC para suas pesquisas, incluindo equipamentos para análise de célula única (single-cell analysis).  

Para concorrer à vaga é necessário ter experiencia internacional e  titulo de doutorado obtido nos últimos 8 anos em Imunologia, Biologia Celular, Bioinformática ou Bioimagem. Acesse aqui a chamada oficial para a vaga.

 

Documentos exigidos - (Todos os documentos devem ser tamanho A4 ou carta e escritos em inglês)

 ·Formulário de aplicação (disponível para download no site do Advanced Postdoc Program)

 . indicação de no máximo 3 nomes de Pesquisadores com quem você gostaria de trabalhar no IFReC

・Curriculum vitae (educação e experiência profissional)

・Lista de publicações

・Resumo de pesquisas anteriores

・Plano de pesquisa e declaração de ambições para sua pesquisa futurano IFReC

・Nomes, afiliações e informações de contato de duas referências (você será solicitado a enviar duas cartas de referência se for selecionado como finalista.)

 Envie os documentos como anexos para o e-mail do Escritório de Planejamento e Gerenciamento de Pesquisa do IFReC: Recruit@ifrec.osaka-u.ac.jp, indicando no assunto: Candidatura para posição de pós-doutorado avançado. As inscrições já estão abertas! 

 

Uma posição de pós-doutorado em genética populacional de mosquitos está disponível para trabalhar em colaboração com a Dra. Andrea Gloria-Soria na Estação Experimental Agrícola de Connecticut (CAES) e  Dr. Jeffrey Powell na Universidade de Yale, em New Haven, nos Estados Unidos.

 O Aedes aegypti é o principal vetor dos arbovírus causadores de doenças humanas como febre amarela), dengue, chikungunya e Zika.. O projeto de pesquisa em que o pós-doc irá colaborar busca entender a origem e evolução do Aedes aegypti, e espécies irmãs, em seu alcance ancestral nas ilhas do sudoeste do Oceano Índico, fornecendo informações sobre o Aedes aegypti em distribuições passadas, presentes e futuras e sua adaptabilidade. O projeto é um trabalho colaborativo que inclui pesquisadores multidisciplinares do CAES, Yale, U. de Calgary, França IRD, e do Institut Pasteur Madagascar.

 

O pesquisador de pós-doutorado liderará o esforço para caracterizar a diversidade genética em toda a faixa ancestral do Aedes aegypti, abordará questões de demografia e estrutura populacional, e identificará fontes putativas de mistura na região, usando grandes conjuntos de dados genômicos. Dependendo dos interesses e habilidades pessoais do pós-doc, também serão possíveis projetos sobre evolução do genoma, evolução molecular, genética comportamental e genômica ecológica.

O projeto de pesquisa busca um candidato independente e motivado com experiência em genética molecular, genômica, dados de sequenciamento de próxima geração e bioinformática, que seja capaz de identificar novas e interessantes direções de pesquisa decorrentes desses estudos. É necessário ter doutorado em biologia evolutiva, genética, bioinformática ou áreas afins. É necessário ter experiência em genética de populações e análise de dados genômicos em larga escala. Habilidades básicas de laboratório úmido de biologia molecular são desejadas (extração de DNA, PCR). O candidato deve ter também forte habilidade de comunicação escrita e oral, pensamento crítico e capacidade de trabalhar de forma independente e em colaboração com outras pessoas. Não é necessária experiência anterior em mosquitos.

Esta posição está disponível no verão ou início do outono de 2022 (hemisfério norte), com horário de início flexível. Embora esta seja uma posição conjunta entre CAES e Yale, a nomeação será feita pela Universidade de Yale. O financiamento está disponível por dois anos, com uma possível extensão por até três anos, dependendo do desempenho e do financiamento. Esta posição é financiada pelo NIH.

Para se inscrever é necessário enviar  uma carta de apresentação descrevendo seu interesse e experiência, Curriculo Vitae  e uma lista de três referências para o email:  andrea.gloria-soria@yale.edu. É incentivaodo que pesquisadores com origens tradicionalmente sub-representadas em STEM se candidatarem.A análise das inscrições começará imediatamente e continuará até que a vaga seja preenchida

Informações adicionais sobre nossa pesquisa podem ser encontradas em: https://andreagloriasoria.wordpress.com

 

Sobre as instituições

CAES é uma instituição financiada pelo estado dedicada à pesquisa básica e aplicada que beneficia plantas, meio ambiente e saúde humana em Connecticut, nos EUA. O CAES é um provedor e empregador de ações afirmativas/igualdade de oportunidades. O CAES promove um ambiente de pesquisa altamente colaborativo e colegiado e mantém laços estreitos com instituições acadêmicas próximas, incluindo a Yale University, a Southern Connecticut State University, a Central Connecticut State University e a University of Connecticut. O CAES fica a 6 minutos de ônibus do laboratório Powell em Yale e no campus principal de Yale.


O Departamento de Ecologia e Evolução da Universidade de Yale abriga pesquisas amplas, interdisciplinares e altamente colaborativas, com especialização específica em população, comunidade, ecossistema e macroecologia; em genética evolutiva, evolução do desenvolvimento, evolução comportamental e medicina evolutiva; e em filogenética, sistemática e biodiversidade. A Universidade de Yale considera todos os candidatos  à vaga e não discrimina com base no sexo, raça, cor, religião, idade, deficiência, status de veterano ou origem nacional ou étnica de um indivíduo; nem Yale discrimina com base na orientação sexual ou identidade ou expressão de gênero.

 

Acesse a chamada oficial para a vaga: https://andreagloriasoria.wordpress.com/2022/07/08/postdoc-in-mosquito-population-genomics-start-date-summer-fall-2022/

 

 

Ainda não foi dessa vez que o Grupo Arthromint se reuniu na pousada dos Pássaros, na paradisíaca Ilha Grande (RJ)... Com a persistência da pandemia de Covid-19, somada à ameaça de uma epidemia de nova varíola, o Encontro de 2022 foi realizado novamente de forma virtual para que os arthromínticos pudessem, mais uma vez, compartilhar conhecimento, de forma segura e colaborativa. Seguindo os mesmos moldes de programação dos três últimos eventos remotos - 2 palestras, 2 sessões de mesas aleatórias e 11 opções de mesas temáticas - a 4ª edição Virtual do Grupo Arthromint 2022 aconteceu nos dias 3 e 4 de agosto, reunindo mais de uma centena de interessados no tema de pesquisa de artrópodes e helmintos.

 

Com um percentual de inscritos bem equilibrado entre as categorias de iniciação científica, mestrado, doutorado e docente, o evento totalizou 114 participantes. Um número bem próximo ao Encontro presencial de 2019 - último evento realizado em Ilha Grande, antes de ser deflagrada a pandemia de coronavírus 2 - e o dobro de inscritos nas duas primeiras edições do Arthromint realizadas, nos anos de 1997 e 1998.

"No Arthromint, mais importante do que a apresentação dos resultados, é o compartilhamento das dúvidas e problemas" - observou Itabajara Vaz (UFRGS), na abertura do evento. "A maior missão do Arthromint é os participantes terem contato com diferentes pesquisadores e apresentarem não só os resultados que estão dando certo, como também trazerem dúvidas e problemas que estão impedindo o seu projeto ir para frente" - complementou Andrea Cristina Fogaça (USP), ressaltando que o evento é um ambiente fértil para novas ideias, pois promove o contato entre diversos pesquisadores. Desta forma, a interação com pessoas aleatórias pode trazer sugestões nunca pensadas pelo grupo de pesquisa envolvido no projeto.

"Às vezes é o aluno de IC que está na sua mesa aleatória, e trabalha com um assunto completamente diferente da abordagem do seu projeto, que pode trazer uma sacada interessante. Justamente por estar fora do seu contexto, ele consegue trazer uma sugestão inédita ou trazer à tona o nome de um pesquisador que pode ajudar o aluno a equacionar o seu problema" - exemplificou a professora Andrea, que ao lado do professor Itabajara coordena o grupo de trabalho responsável pelas edições virtuais do Arthromint.  

 

Estudos sobre mosquitos foram destaque nas palestras Arthromint 2022

 

Com transmissão ao vivo pelo canal do Youtube do Arthromint, as palestras desta 4ª edição virtual focaram em estudos sobre os mosquitos e foram protagonizadas por duas pesquisadoras brasileiras: Rafaela Vieira Bruno (Fiocruz| RJ) e Vanessa Bottino Rojas (Universidade da Califórnia |EUA). A Dra. Rafaela Bruno ministrou uma palestra em que abordou o tema “Os muitos relógios de Aedes aegypti e como eles se acertam”. Logo após, a Dra. Vanessa Rojas apresentou o trabalho que desenvolve na Universidade da Califórnia, em Irvine, intitulado "Mosquito population modification for malaria parasite blocking".

Bióloga formada pela UFRJ, pesquisadora titular do Instituto Oswaldo Cruz e chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos na mesma instituição, Rafaela Bruno é mãe e percursionista. Não é apenas na biologia que a pesquisadora estuda os ritmos (no caso os ritmos circadianos), na vida real também. Conheça em um vídeo produzido pelo canal do Youtube "A Ciência Explica", a Rafaela percussionista e a Rafaela Vieira Bruno, professora e pesquisadora da biologia de insetos. Acesse: https://youtu.be/Gf6_StTaFjg 

"Os ritmos biológicos são eventos fundamentais, pois controlam atividades-chave na vida de qualquer organismo" - observou Rafaela Bruno logo no início de sua palestra com a indagação: "Mas como os diferentes relógios biológicos do Aedes aegypti se acertam? Circadianos (24 horas), ultradiano (menos de 24h, por ex: batimento das asas), infradiano (mais de 24h, por ex: busca de hospedeiro). Em sua pesquisa, a bióloga comparou também os diferentes ritmos biológicos em mosquitos Aedes e Culex (o famoso pernilongo ou muriçoca). 

 

Relógios biológicos impactando na transmissão de doenças

 

“O Aedes aegypti parece ser mais sensível aos ciclos de temperatura, enquanto o Culex quinquefasciatus é essencialmente um inseto noturno” - explicou. Segundo a pesquisadora, estudar como os insetos modificam sua atividade locomotora em relação a diferentes formas de estímulos de luz e calor é importante para descobrir como os relógios biológicos podem impactar na transmissão de doenças.

No Instituto Oswaldo Cruz, o grupo de pesquisa da Dra. Rafaela está focado em projetos relacionados ao ritmo circadiano e à genética de populações de insetos vetores (mosquitos, flebotomíneos e barbeiros) bem como em aspectos particulares da biologia de Aedes aegypti, com destaque aos efeitos da infecção por arboviroses no relógio biológico e aos processos relacionados à embriogênese.

 "A infecção por diferentes arboviroses tem relação com a atividade locomotora. Vírus afetam diretamente a atividade locomotora do mosquito, pois a infecção regula o modelo de relógio circadiano" - observou a pesquisadora. “Na dengue há redução no número de ovos, já na Zica e na Chikungunya a quantidade de ovos não se altera,  entretanto,  na Chikungunya há uma diminuição na viabilidade dos ovos” – complementou.

 

Edição gênica de mosquitos no combate à Malária

 

Biomédica formada pela Uni-Rio, a Dra. Vanessa Bottino Rojas realizou doutorado sanduiche na Universidade da Califórnia, em Irvine, nos EUA, com ênfase em técnicas de manipulação genética (CRISPR/Cas9) e edição gênica de mosquitos. Atualmente, a Dra. Vanessa é Postdoctoral Fellow  da mesma instituição e trabalha com edição de genomas e mecanismos de gene drive em mosquitos vetores, em especial, o Anopheles stephensi, principal mosquito transmissor da malária.

Segundo a OMS, 50% da população mundial corre risco de contrair malária. A resistência dos mosquitos vetores aos inseticidas e a alta incidência de efeitos colaterais das drogas antimalaria, sinaliza para a urgência de novas ferramentas de controle. Em 2020,  a OMS definiu como diretriz o apoio a tecnologias que possam ser úteis para o controle da malária, incluindo uso de mosquitos geneticamente modificados (manutenção do numero de insetos, sem a transmissão do vetor) e a supressão populacional (esterilidade dos mosquitos).

 “Não existe superioridade em relação às ferramentas, insetos geneticamente modificados e supressão populacional,  ambas as abordagens são complementares e importantes para combater a malária” – ressaltou a Dra. Vanessa Rojas. Segundo a pesquisadora, os tomadores de decisões precisam ter os dados científicos em mãos para colocar na balança os riscos e benefícios das novas tecnologias de controle, pois elas afetam o fitness reprodutivo da espécie, como esterilidade e modificação genética. 

Em sua apresentação no Arthromint, a pesquisadora apresentou estudos desenvolvidos em seu laboratório na Universidade da Califórnia, focados em modificação populacional, a partir do uso da ferramenta gene drive (herança genética).  “Importante ressaltar que o CRISPR/Cas9 based drive é um sistema sujeito a imperfeições. A recombinação não análoga pode gerar mosquitos resistentes ao drive” – sinalizou. 

Compartilhando o conhecimento pratico desenvolvido nos últimos 3 anos nos EUA, a Dra. Vanessa mostrou como é o passo a passo da modificação genética dos mosquitos Anopheles stephensi.  Ressaltou a importância de se observar as alterações fenotípicas do inseto, como por exemplo, a mudança da cor do olho, como um marcador do mosquito geneticamente modificado. 

“Uma observação mais atenta de modificações fenotípicas desses mosquitos é necessária, pois a intenção é introduzir a espécie modificada no ambiente natural” – observou a pesquisadora que também desenvolve pesquisas em sistemas não-drive, com ejetores antimaláricos. Técnica em que uma molécula com anticorpo especifico para combater o parasita e injetada dentro do mosquito. 

 

 

 As palestras da 4ª edição Virtual do Grupo Arthromint 2022 estão disponíveis no Youtube, acesse o link para assistir: https://youtu.be/3YgZwhKdWjg

 

 

 

 

 

 

 

Até o dia 10 de julho (próximo domigo), estão abertas as inscrições para a apresentação de trabalhos na 4ª Edição Virtual do Encontro do Grupo Arthromint. O evento que será realizado nos dias 03 e 04 de agosto irá seguir o mesmo modelo das edições virtuais anteriores e irá contar com 2 palestras, 2 sessões de mesas aleatórias e 11 opções de sessões de mesas temáticas. 

Para esta  4ª Edição Virtual, a Comissão Organizadora do Encontro convidou as Dras. Rafaela Vieira Bruno ( Fiocruz | RJ)  e Vanessa Bottino Rojas (Universidade da Califórnia |EUA) para apresentar as palestras na manhã do dia 03 de agosto. A Dra. Rafaela Bruno irá ministrar uma palestra em que abordará o tema “Os muitos relógios de Aedes aegypti e como eles se acertam”. Logo após, será a vez da Dra. Vanessa Rojas apresentar o seu trabalho intitulado "Mosquito population modification for malaria parasite blocking".

Após as sessão de palestras online. na parte da tarde, a programação do evento dará espaço para a primeira sessão de mesas aleatórias. Na dia seguinte, 4 de agosto (quinta-feira), a parte da manhä do Encontro Arthromint será toda dedicada a apresentação de mesas temáticas (veja os temas aqui) e dando sequência a sessão de mesas aleatórias iniciadas na véspera,  na parte da tarde, será a vez da segunda sessão.

A programação completa do evento está disponível no site: https://sbpz.org.br/arthromint/ 

 

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